Ali está ele, vigilante, no centro da aldeia, quem é? O Cruzeiro. Ponto de encontro de diversas gerações e confidente de muitas conversas. De dia, de noite, de manhã, ao fim da tarde. No fim da Catequese ou no fim da missa.Um património histórico da Meia Via. Nasceu perto da saudosa e antiga capela de Nossa Senhora de Monserrate. Mudou de sitio quando viu a sua antiga companheira ser destruída para dar lugar à nova. Mas ele ali ficou, sempre a vigiar, sempre a ouvir.
Ai se este cruzeiro falasse, o que diria. Tantos foram os Meiavienses que nele se sentaram e sobre tudo conversaram. Mas ele não fala, nunca falará, continuará apenas a ver, a ouvir, e a ser por muitos anos o amigo confidente de todos os Meiavienses.
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