O Clube Desportivo Operário Meiaviense festejou os seus sessenta anos,
inaugurou um ringue sintético e viu resolvido um problema que já se arrastava
há mais de 20 anos.
A bola pode já não rolar como antigamente no Campo de Jogos
do Operário Meiaviense, mas o desporto na Meia Via ainda não morreu e começa
agora a ter um novo renascer.
Foi com uma enorme festa no seu Parque de Jogos, que o
Operário Meiaviense juntamente com os seus sócios e amigos, no domingo dia 2,
inaugurou o seu novo ringue sintético e recebeu o acordo da Câmara de Torres Novas
sobre os terrenos do Parque de Jogos que põe fim a um tormento de mais de 20
anos. Dois objectivos traçados por esta direcção que pegou num Operário
moribundo, e no ano em que assinala 60 anos mostrou-se mais vivo do que nunca.
O dia começou bem cedo na sede do Operário com uma caminhada
que contou com a colaboração do CLAC do Entroncamento.
Já no Parque de Jogos, foram muitos os que apareceram para
dar ao dente num almoço convívio onde não faltou a sardinha assada, o frango,
os grelhados e a boa disposição.
Com o calor a apertar por ali se ficou à sombra, pois o mais
importante ainda estava para vir. A banda da Sociedade Filarmónica Euterpe
Meiaviense chegou para tocar as honras para o momento solene que se adivinhava.
Ainda antes tocou numa espécie de mini-concerto para os muitos Meiavienses que
ali se encontravam.
Depois foi tempo de um dos momentos mais esperados da tarde.
O primeiro demorou mais de 20 anos a chegar, mas lá diz o ditado, mais vale
tarde do que nunca. Os Meiavienses e principalmente os directores deste clube
apesar da esperança as vezes esmorecer nunca deixaram de acreditar e assim foi.
Foi entregue o acordo para os terrenos do Parque de Jogos.
Carlos Ferreira, Presidente do Clube Desportivo Operário
Meiaviense relembrou os tempos difíceis que o clube atravessou e os desafios
que esta equipa que pegou na associação iam enfrentar, como a conclusão do
ringue ou a titularidade dos terrenos do Parque de Jogos: “a equipa que está
hoje aqui presente pensou que apesar de todos os condicionalismos, deveria ser
coerente com todos aqueles que antes dirigiram este clube, com os seus
antepassados e com o trabalho por eles realizado. É como se fosse em homenagem
a eles que esta direcção decidiu avançar.”
O Presidente recordou que faz dois anos em que se decidiram
fazer obras de beneficiação da sua sede, que o campo da bola se haveria de
chamar Parque de Jogos e que o ringue haveria de ser concluído: “pusemos mãos à
obra e ele aí está”, destacou. Lembrou também o problema dos terrenos que tinha
de ser resolvida e foi conjuntamente com a Junta de Freguesia e principalmente
a Câmara Municipal de Torres Novas.
Para terminar Carlos Ferreira apelou a todos os Meiavienses, sócios e amigos do clube, para que se invista neste equipamento desportivo:“tão
importante para a saúde dos nossos jovens ou menos jovens, dos nossos filhos e
netos, uma verdadeira riqueza para os Meiavienses e seus amigos…”, finalizando e agradecendo a todos aqueles que tem colaborado com o clube.
José Couteiro em representação da Junta de Freguesia de Meia
Via, realçou a sua satisfação pela concretização deste projecto: “O Clube
Desportivo Operário Meiaviense e os Meiavienses merecem”, destacou.
Pedro Ferreira, Presidente da Câmara Municipal de Torres
Novas referiu: “a minha presença como presidente representa muito pouco, eu fiz
só assim como o meu elenco camarário uma obrigação em repor a justiça”,
destacando o facto de ter sido testumanha deste processo que considerou ter
sido “extremamente mau, mas que acabou por correr bem”.
O autarca falou dos momentos mais altos e baixos que
atravessou o Operário, como qualquer outra colectividade, saudando o que grupo
que apareceu enquanto o clube atravessa um periodo dificil: “olhamos para esse
grupo e identificamos em cada um já terem dado muito pela Meia Via e pelo concelho,
por isso foi fácil com todos os condicionalismos dar-lhes o nosso melhor para
lhes ajudar a concretizar o sonho deles”. Um sonho que segundo Pedro Ferreira
era alto: “é com os grandes sonhos que os homens e as mulheres conseguem os
objectivos e mesmo que fiquem em metade, já é metade de um grande sonho”.
O Presidente falou ainda da compra dos terrenos do Parque
Jogos pela autarquia, que não fica confinado à parte desportiva sitiado em 180
mil euros sendo que 50 mil já foram pagos, e os restantes 130 mil serão pagos
mediante um contrato promessa em Maio do próximo ano: “o mais importante é dar tranquilidade a este grupo e aos Meiavienses que certamente terão uma paixão
grande para com esta colectividade” destacando que “a Câmara não fica por aqui
não se demite da sua responsabilidade, num terreno que é dela que em Maio de
2018 irá passar definitivamente para o Operário Meiaviense, isso é bom e é
merecido por todos os que aqui passaram e que andaram quase 30 anos há espera
que isto se resolvesse, foi mau de mais mas felizmente correu bem..”,
finalizou.
Finalizado os discursos foi assinado entre os dois
Presidentes, autarquia e CDOM, o acordo que irá dar tranquilidade ao Operário em relação ao Parque de Jogos durante este processo
que só ficará totalmente concluído em Maio de 2018.
O Presidente do CDOM, Carlos Ferreira entregou ainda uma
lembrança aos que colaboraram neste dia com o clube nomeadamente a Câmara
Municipal de Torres Novas, a Junta de Freguesia de Meia Via, a Sociedade
Filarmónica Euterpe Meiaviense, o Teatro Meia Via e o CLAC do Entroncamento.
Depois deste momento seguiu-se a inauguração do ringue.
Foram os mais pequenos, filhos e netos de dirigentes, ex-dirigentes, atletas, ex-atletas,
filhos da terra a que coube a honra de desdobrar o laço para inaugurar o
ringue. Assim que entraram no ringue foi uma enorme alegria, que se sentiu em
todo o campo, vê-los ali a correr com a bola, um sentimento de dever cumprido e
que o desporto na Meia Via tem futuro. É por eles também e principalmente.
Terminada a partida dos mais pequeninos que jogaram com
muita garra, foi a vez dos mais jovens que muitos deles já se mostravam muito
ansiosos também por este momento.
O último jogo oficial do dia, sim oficial, porque as
brincadeiras no ringue já só terminaram de noite, foi entre o CDOM e os
Veteranos do CDOM & Amigos, que a outras paragens levam o símbolo do CDOM e
carregam o nome Meia Via.
No Parque de Jogos o convívio continuou e festa só
terminou noite dentro.
Foi um dia em cheio para o Operário Meiaviense mas também
para toda a Meia Via, uma terra que sempre amou a prática desportiva e que agora
vê o seu clube a renascer em grande e a fazer jus aquilo para que nasceu há 60 anos atrás. Parabéns Operário.
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Foi com uma caminhada que contou com a colaboração do CLAC que o Operário iniciou as suas actividades |
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Foram muitas os Meiavienses que estiveram presentes neste dia especial para o seu clube desportivo |
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A Sociedade Filarmónica Euterpe Meiaviense abrilhantou ainda mais a festa do Operário. |
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A Banda da SFEM realizou um Mini Concerto para todos os presentes |
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Carlos Ferreira, Presidente do CDOM e Carlos Honorato, Vice-Presidente durante a cerimónica protocolar da entrega do acordo para os terrenos do Parque de Jogos |
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José Couteiro em representação da Junta de Freguesia de Meia Via |
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Pedro Ferreira, Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas |
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Assinatura do Acordo para a entrega dos terrenos do Parque de Jogos |
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Leitura do Acordo |
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O Presidente do CDOM entregou às entidades que tem colaborado com o clube uma lembrança, Câmara Municipal, Junta de Freguesia, SFEM, Teatro Meia Via e CLAC |
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Momento da Inauguração do Ringue |
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Jogo entre o CDOM e os Veteranos do CDOM e Amigos |