Meia Via é isto, e quando quer faz acontecer. Prova disso foi a brilhante noite de São de João que trouxe às ruas uma das tradições mais antigas da Meia Via.
O Fulgor já não é o mesmo, as marchas já não são as mesmas, mas o amor e o carinho em manter a tradição está lá e parece que não vai morrer tão depressa.
Pelas ruas a cantar a marcha principal, "Vêem do Sul e do Norte.." desfilaram 4 marchas.
A primeira foi de encantar. Agarrados ao balão de São João os pequenos da creche do Centro Social marcharam á séria, e como gente grande, encantaram toda a gente e abriram a parada de marchas. O futuro começa aqui.
Logo a seguir a Marcha do ATL, um pouco mais crescidos mas com o mesmo empenho e dedicação. Viva o Centro Social que não deixa de ensinar a tradição a miúdos e não faz esquecer aos graúdos.
Também a desfilar como gente grande a criança mais jovem do Centro Escolar. Viva a nossa Escola e viva a Meia Via. Sim, viva a nossa escola que incute nas crianças a sua tradição. Parabéns pelo excelente trabalho.
Por fim, desfila a marcha dos adultos. Noutros tempos todos os jovens queriam pertencer a marcha da juvente, a Rua 1 de Maio. E depois lá diziam, quando formos grandes vamos na da Sociedade.
E foi a Sociedade que fechou em grande mais umas marchas populares. Viva a SFEM que também tem pugnado por manter esta tradição viva. Mesmo que tenha sido a única marcha a sair para as ruas.
Para além destas, desfilou uma representação em nome do Operário Meiaviense que não conseguiu a tempo e por outros motivos construir a sua marcha. Recorde se que a marcha do Operário era uma das que mantinha presença regular. Pode ser que para o ano teremos a marcha do Operário em força.
A terminar um dos momentos mais bonitos da noite e que emocionou o Largo da Igreja. A Sofia e a Ana Marta não quiseram deixar de homenagear a nossa querida amiga Dalita, que já não está entre nós fisicamente, e que foi uma das maiores impulsionadoras desta tradição. Era incansável em todos os sentidos. Todos queríamos ir na Marcha 1 de Maio muito por causa dela. Uma pessoa extraordinária que merece esta homenagem.
O legado da Dálita fica e está presente. Pela Ana Marta e pela Sofia que seguiram os seus passos e ajudaram a ensaiar com nota 10 a marcha da SFEM. Pela sua filha Mónica que incansavelmente ajudou a levar a cabo esta tradição, com muito empenho, amor e carinho como fazia a sua mãe. Pelas suas netas e avô que juntos desfilaram também nas marchas. Obrigado.
Que a Dálita receba lá em cima os balões enviados para o céu juntamente com um grande Obrigado e um beijinho enorme de todos os Meiavienses. Que nunca a esquecerão. Que lá em cima olhe pelos seus, e por uma Meia Via sempre forte e rica nas suas tradições.