Há quatro anos atrás recebi o convite de Lígia Santos para integrar a sua lista para a Junta de Freguesia de Meia Via.
Quem me conhece sabe bem o quanto eu gosto da minha terra e quanto gosto de poder contribuir em tudo o que possa fazer para que ela se torne um lugar melhor. Depois de pensar aceitei embora goste mais de política vendo-a por fora.
Não era algo muito novo para mim, porque até já estava familiarizado com o sistema, pois durante os meus trabalhos de jornalismo passei por muitas Reuniões de Câmara e Assembleias Municipais com dinâmicas totalmente diferentes umas das outras.
Toda a vida da Junta de Freguesia passa por aquele órgão que serve de fiscalizador para a sua atividade.
Vamos com preconceitos definidos e achamos que tudo se faz e tudo é simples de fazer. E ali acabamos por perceber que a realidade não é essa. Que afinal não há pozinhos mágicos e que não se estalam os dedos e as coisas aparecem feitas.
Por muito que haja vontade de todos para que as coisas se façam não é assim tão simples quanto isso. Se alguém achar que o consegue, então força que o faça para que o nosso mundo seja um bocadinho melhor.
Há muitas dificuldades e a Meia Via, apesar de ser uma freguesia pequena, vive dificuldades muitos grandes.
Foi uma experiência diferente e enriquecedora que todos deviam passar por ela. Aliás, acho que todos os Meiavienses deviam de vez em quando ir a uma Assembleia de Freguesia. Foi o que mais me entristeceu ao longo destes quatro anos ver a fraca ou quase nenhuma participação cívica dos Meiavienses.
Uma Assembleia de Freguesia é pública e todos podem aparecer e participar. Todos tem o direito e o dever de ali expor o seus problemas e levantar as suas questões. Estão ali muitas das respostas às perguntas que levantamos com os nossos vizinhos ou amigos.
Hoje privilegiamos as redes sociais para expor as nossas criticas e por vezes nos esquecemos que existem estes sítios que são sede própria para estas coisas. Não podemos pedir a um presidente de Junta ou de Câmara que passe agora a vida nas redes sociais a responder as questões dos seus munícipes. Já muito estes presidentes gastam do seu tempo em prol das suas comunidades.
Aproveito para deixar aqui um apelo. Quando estiverem frustrados por algum problema na sua rua, seja um buraco na estrada ou uma pedra fora do passeio vão a Assembleia de Freguesia e questionem. Lá é o sitio.
Para mim termina este ciclo. Agradeço a todos os membros desta Assembleia por esta experiência. E claro a todos os Meiavienses porque sem o voto de confiança deles não poderia dar este meu contributo.
A minha vida já me levou para outro lado. Mas a Meia Via continua a ser a minha terra de coração, onde estarei sempre e sempre que me chamarem lá estarei para ajudar. Estou cá mas sempre a dar as notícias de lá.
Fábio Carvalho
Sem comentários:
Enviar um comentário